sábado, 23 de agosto de 2014

Sobre Meu Amor

Deita aqui, meu bem
Deleite em mim o prazer de está
Aqui, a mim, a nós
Deixa lhe cantarolar
Uma canção de sonho a dois
Na valsa do abraço
Do teu peito, do meu aceito
De te aceitar.
Amarra teu corpo em mim
Seguindo o teu ritmo, teu flutuar
Que me deixa voando
Rondando por nuvens livres
Implorando não acordar

Continue deitado, amor
Deixa meu braço adormecer,
Paralisada no encantar
De teus olhos mudando a cor
De sombra e sobra que passar
No passeio do sol, nessa tarde

Deixa ver que horas são
Quanto tempo vai durar o agora
Quantos mundos vão acabar
Quando você for.

Força o otimismo a lembrar
De segurar na tua melhor face
No amanhecer desse sonho
Que eu fiz de nós
Depois, se o tempo sobrar
Despacha toda essa marra
Que em mim mina
E me faz voltar
Ser aquela menina
Eleitas por teus olhos
E acolhida por teu pesar.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Ciúmes

De matar
De sufocar
Amedrontar
Fazer chorar

De sentir
Mentir
Pra si
Por si
Pra passar

De maldade
Ás vezes, necessidade
Encontrar coragem
De pedir pra parar

Doi
Corroi
Destroi
Depois descansa no amar

Amor que cega
Nega
E entrega
Mesmo sem intenção de aceitar.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Quanto vale o ouro?

O que vale uma amizade hoje?
Uma companhia pro cinema
Um "shot" virado junto
Uma tarde de reflexão à vida (do outro)
Uma dança puxada no salão

O que tem valido a sua amizade?
Um riso depois de uma piada besta
Um curti de foto na internet
Um sapato dado
Uma noticia quente sobre o coração partido (do outro)

O que vale essa amizade?
Um dinheiro emprestado de ontem
Um olhar respondido sem uma palavra
Uma dormida no colo
Uma briga comprada por defesa (desse outro)

O que vale uma amizade?
Hoje, Ontem, Amanhã
Pouco ou muito?
Vale um copo, vale um mar
Pra confortar o que se precisa
(Ou o que se merece)

sábado, 12 de julho de 2014

Era uma vez... ou ainda é...

Danyelle K. de Carvalho Costa, 22 anos, maranhense, dompedrense, atualmente loira, engraçada pra alguns, uma chata para outros, ariana, briguenta, metida a esperta, amada por uma mãe-avó como nenhum outro ser da terra, amando um moreno do cabelo enroladinho, mãe, com impulso desenfreado e louco a em busca da felicidade, e nova adulta...
Foi quando tudo começou. 
Depois de perder minha filha numa luta de quase 6 dias, me deparei com o maior branco de minha vida. E agoraSer mãe já estava em todos os meus planos, desde o que já era planejado aos possíveis imprevistos. Nos últimos tempos, era a única coisa que eu tinha certeza, e já era o meu futuro prometido. Não tive a sorte de ser mãe, e isso me afetou de forma que perdi toda a minha vontade para tudo. Passei um tempo na 'bad', e logo depois disso eu estava num desses momentos loucos da vida onde nada mais faz sentido. Acho que fiquei meio doida varrida por um tempo, e só depois de muito conselho e carinho dos que estavam por perto, é que resolvi tentar continuar.
 Devo dizer que bem antes de decidir ser mãe (sim, foi planejado), eu não tinha muita noção do que era o mundo, e o do que a vida tinha a me ensinar. É engraçado falar isso, já que quem me conhecia sabe como eu pude "aproveitar a vida" (ou o que eu achava que fosse aproveitar). Mas sem nenhuma dúvida, posso afirmar que o tempo em que eu pude ser mãe mudou tudo o que eu pensava saber sobre a vida, e sobre o que eu achava que era viver. 
Foi quando eu estava "voltando ao normal", que me caiu a ficha: eu sou adulta. Não pela minha idade acima dos 21 anos ou por já ter sido mãe, mas por saber que eu não sou mais uma criança a ponto de deixar que minha mãe resolva meus problemas, ou uma adolescente para esperar que as coisas aconteçam por si só. Eu era/sou uma mulher, e agora uma mulher adulta. E estava na hora de decidir: e agora, o que eu vou fazer da vidaDevo confessar que eu não sabia. Meus planos, meus sonhos, minhas vontades haviam mudado tragicamente a meses atrás e eu nem sequer sabia o que fazer. Como decidir o futuro do que nem se sabe o que querEu só lembro que planeava ser mãe, sonhava em ser mãe, e queria ser mãe, eu não tinha um plano 'b'.
Tive que olhar para trás e vasculhar meus sonhos mais escondidos e perdidos, meus sonhos despretensiosos da adolescência, onde só a vontade de ser me bastava. E a primeira coisa de que me lembrei de gostar era escrever. Sabe quando perguntam a uma criança o que ela vai ser quando crescer? - Eu quero escrever! Do tempo em que só se escrevia por escrever, pra expressar, pra desengasgar o sentimento acumulado do peito, ou pra limpar as lágrimas da alma. Era meu sonho mais audacioso, e que por tempos fora enterrado sob minhas escolhas. Uma vontade escondida de mim mesma, vezes por vergonha, vezes por medo de dar a cara a tapa, mas que em tempo é alimentada numa faísca de esperança acessa por um elogio qualquer. Eu gosto de escrever. Falar isso soa quase como um grito engasgado.
E isso é que eu quero dizer é, essa é a minha vontade, esse é meu sonho. Que decidi torna-lo real graças o apoio de meu marido e de alguns amigos. E minhas escolhas me levaram até aqui, e aqui decidi alimentar e torna esse desejo numa verdade. E é por isso que eu criei esse blog, que antes de mais nada, é sobre mim, como forma de exorcizar meu sonhos e minhas ideias guardadas no fundo da alma, e depois para realmente expressar o que eu penso, o que eu quero, o que eu sinto sobre determinados assuntos.
E é assim que eu espero que você o receba, com todo o carinho que se pode abraçar uma criança que acabou de nascer e que está, dia após o outro, crescendo e descobrindo a adulta que quer se tornar. Essa é a criança sou eu disfarçada de gente grande, e alimentada de um sonho, que agora começa aqui. Como diriam Luiz Galvão e Moraes Moreira: "mostrando como sou e sendo como posso".